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sábado, 12 de dezembro de 2009

Exatamente há um ano.


Texto publicado originalmente na Revista Digital DAZIBAO - 12.dezembro.2008 por Daniela Stump


COP-14, contagem regressiva para Copenhagen

Poznan significou avanço no caminho rumo à Copenhagen. Os representantes dos países partes da Convenção do Clima e do Protocolo de Quioto deixarão a Polônia com um programa de trabalho claro para 2009, saindo do período de proposições e idéias para entrar em negociações intensas sobre as propostas colocada à mesa.

Mesmo Al Gore, que discursou para os delegados no início da tarde de hoje, se mostrou otimista com os resultados da reunião, que possibilitarão o fechamento de novo acordo climático na COP-15. Gore ainda ressaltou o movimento das iniciativas nacionais que estão sendo adotadas independentemente das negociações internacionais, citando, inclusive, o Plano Nacional de Mudanças Climáticas brasileiro, com metas claras para a redução do desmatamento.
Al Gore reiterou os recentes pronunciamentos de Barack Obama sobre a retomada da liderança dos EUA nas negociações climáticas e a intenção de criar sistema de cap-and-trade federal, concluindo seu discurso com o enfático tema da campanha presidencial: “Yes we can”.
É preciso dizer que, se, de um lado, o tema das Reduções de Emissões por Desmatamento em Países em Desenvolvimento (REDD), o Plano de Ação de Bali e a adoção de metas pelos Países Anexo I no segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto estão bem engatados para a COP-15, o Fundo de Adaptação e a Captação e Armazenamento de Carbono (mais conhecido em inglês, Capture and Carbon Storage -CCS) são temas onde ainda haverá queda de braço entre países industrializados e países em desenvolvimento até o o último momento da plenária final, que ainda não tem hora para começar.

Enquanto alguns países defendem a inclusão do CCS como atividade elegível para projetos de MDL, o Brasil afirma não haver ainda soluções técnicas que garantam a segurança do armazenamento de gases de efeito estufa, nem mesmo normas jurídicas que definam responsabilidades por eventual vazamento.
Quanto ao Fundo de Adaptação, os países mais vulneráveis pedem a inclusão de parte de receitas advindas da Implementação conjunta e do Comércio de Emissões, mecanismos de flexibilização para o cumprimento de metas do Protocolo de Quioto, assim como se prevê a contribuição de 2% do valor das RCEs emitidas para projetos de MDL.

As discussões prometem durar até tarde...

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