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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nada acertado no encontro do Basic.

Por Daniela Stump

Confira notícia do Estadão sobre os resultados do encontro do Basic, comentado nesse espaço:

Quarta reunião do Basic termina sem definição
de critérios para emissão de gases-estufa.

Encontro de Brasil, África do Sul, Índia e China acabou no Rio sem estabelecer volume máximo de poluentes.

 

27 de julho de 2010
Agência Brasil

RIO DE JANEIRO - A quarta reunião dos países que integram o grupo formado por Brasil, África do Sul, Índia e China (Basic), terminou na última segunda-feira, no Rio de Janeiro, sem a definição dos critérios para estabelecer o volume máximo de emissão de gases de efeito estufa para cada um dos países que integram o G77, grupo de países em desenvolvimento.
Segundo a ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabela Teixeira, o encontro foi importante por sinalizar um posicionamento comum em torno de um acordo. "O acordo sobre mudanças climáticas passa pelo debate da equidade, do espaço de carbono e do acesso a esse espaço, de uma série de questões que foram discutidas aqui com fundamentação técnico-científica e visão política. A expectativa é avançar e ter diálogo convergente na reunião de Pequim [prevista para outubro], de tal maneira que possamos trabalhar juntos para a reunião de Cancún [onde ocorrerá a próxima Conferência das Partes do Clima (COP-16) convocada pelas Nações Unidas]", explicou a ministra.

A presença de especialistas e negociadores, que pela primeira vez participaram do encontro, foi outro avanço apontado pela ministra, que destacou a apresentação de "números concretos sobre cenários dospaíses e o diálogo transparente".

Segundo Izabela, com esses dados, os países envolvidos no debate poderão avaliar o impacto da decisão sobre equidade nos critérios de emissões sob as economias domésticas e definir o caminho comum para esse objetivo.

Entre as propostas apresentadas pelos países que integram o grupo, estão a de emissões per capita, sugerida pela Índia, e os critérios que consideram a intensidade de emissões do Produto Interno Bruto (PIB), defendidos pelos japoneses.

O grupo Basic reúne-se desde novembro do ano passado para buscar umconsenso entre os países em desenvolvimento sobre a emissão de carbono, baseada em acordos sobre mudança climática firmados pelo

Protocolo de Quioto e o Acordo de Copenhague e também na pressão que os países desenvolvidos vêm exercendo sobre um compromisso de redução das emissões pelas nações em desenvolvimento.

Continue acompanhando esse assunto por aqui!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Curtas climáticas: de volta à Quioto?

Por Daniela Stump
Bis 1

Projeto de Lei que visa estabelecer cortes de emissões de gases de efeito estufa nos EUA trava no Senado Norte-Americano. Por falta de votos suficientes para aprová-la, os democratas desistiram de colocá-la em pauta antes do recesso legislativo de agosto. O mundo já viu esse filme antes... em 1997, embora Clinton tivesse assinado o Protocolo de Quioto, não pôde ratificá-lo no Congresso dos EUA em razão da Resolução Byrd-Hagel, aprovada por unanimidade no Senado, que proibiu o país de assumir compromissos de redução de emissões se as economias emergentes não fizessem o mesmo, o que, de fato não ocorreu.

Bis 2

Termina hoje, no Rio, a quarta reunião do grupo formado por Brasil, África do Sul, Índia e China (Basic) que discute a divisão do ônus da mitigação das mudanças climáticas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. A partir do Acordo de Copenhague, em que os países admitiram que a temperatura do globo deverá se limitar a um aumento de 2ºC, é possível calcular o limite máximo de concentração de gases de efeito estufa na atmosfera e, por conseqüência, o índice de redução de emissões necessárias para o alcance do objetivo traçado. Nesse quadro, os países do Basic discutem quais seriam os critérios mais justos para o compartilhamento de responsabilidades entre eles e os países desenvolvidos.

Alguém já ouviu esse papo antes?

[Imagem: Ball State University]

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Biodiesel de cana-de-açúcar chega ao Brasil no próximo ano.

Por Edgard Dagher Samaha

A Amyris Biotechnologies, empresa de biotecnologia norte-americana, revela que o biodiesel estará no mercado brasileiro em 2011.


O combustível produzido a partir de cana-de-açucar está em fase teste no Brasil. Os ônibus utilizados em São Paulo na pesquisa estão recebendo uma mistura de 10% do diesel renovável e 90% de óleo diesel comercial.

De acordo com a Amyris, testes realizados na empresa demonstram que essa mistura reduziu 9% das emissões de materiais particulados à atmosfera.

Segundo Fernando Reinach, membro do conselho da Amyris, "A grande vantagem é que ele é zero de enxofre, totalmente renovável, igual ao etanol, e não compete com a produção de alimentos, que é a crítica que muita gente faz ao biodiesel."


Para mais informações, acesse a matéria.

Foto: Equipe PPA (céu de São Paulo)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Foi lançado edital para a construção do Trem-Bala brasileiro

Por Edgard Dagher Samaha

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) lançou, no dia 13 de julho, o edital de Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade (TAV), que abrangerá em seu trajeto os Municípios de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Veja abaixo itinerário previsto:


A máquina poderá alcançar velocidades acima de 250 km/h. Assim, estima-se que o trajeto São Paulo-Rio será feito em apenas 93 minutos de viagem, a um custo de R$ 200,00 a Classe Econômica e R$ 325,00 a Classe a Executiva, no horário de pico, e R$ 150,00 a Econômica e R$ 250,00 a Executiva, fora do horário de pico.

Foi agendado para 16 de dezembro do corrente ano o leilão que definirá o grupo responsável pela construção e operação do TAV.

Acesso este link para ver a notícia completa e este  para ver o Edital.


Fonte Imagem

São Paulo poderá abrigar o primeiro mercado local de créditos de carbono brasileiro



Por Daniela Stump

A Política Estadual de Mudanças Climáticas de São Paulo (Lei nº 13.798/09) foi recentemente regulamentada pelo Decreto Estadual nº 55.947, em 24 de junho de 2010. Dentre seus dispositivos, destaco o artigo 32 e seguintes, que tratam da integração do controle de gases de efeito estufa nos processos de licenciamento ambiental, por meio do estabelecimento de limites para emissões, com base nas metas de redução globais e setoriais. A meta global, estabelecida pela PEMC, é de redução de 20% das emissões havidas no Estado em 2005, até 2020, enquanto as metas setoriais ainda serão definidas.

Nos termos do decreto, a CETESB poderá definir critérios de compensação de emissões de gases de efeito estufa no processo de licenciamento ambiental, para fins de instituição de mecanismos adicionais de troca de direitos. Essa autorização concedida ao órgão ambiental aponta para a criação de mercado local de créditos de carbono, inédito no Brasil, que poderá contar com a adesão de outros Estados da Federação como provedores de projetos de compensação, como expressamente autorizado pelo parágrafo 6º, do artigo 32, do decreto em comento.

Do ponto de vista do custo-benefício de realizar reduções fora dos limites territoriais de São Paulo, a iniciativa é muito interessante, vez que, os empreendedores paulistas poderão buscar formas mais econômicas de abatimento de gases de efeito estufa em relação ao valor do investimento em sistemas de controle no seu próprio empreendimento. Contudo, resta saber se essa idéia sairá do papel, haja vista outro mecanismo de mercado semelhante instituído pelo Estado, o mercado de compensação de emissões por bacias aéreas, que, até o momento, não decolou.

Estarei de olho nos próximos passos dessa iniciativa e manterei vocês informados nesse espaço. Confiram!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Esterco da Coroa Britânica produzirá energia no Reino Unido



Por Francisco Silveira Mello Filho

O eco-engajamento (ou eco-marketing) parece não ter mais limites. O Ministério da Defesa Britânico anunciou que irá gerar energia a partir do esterco da cavalaria real. Segundo noticiado pela agência da BBC Brasil, cerca de 170 animais da tropa do rei fornecerão a matéria-prima.

Segundo informou o porta-voz do Ministéro da Defesa Britânico " O Ministério da Defesa Britânico está completamente comprometido com a agenda de desenvolvimento sustentável do governo e com agressivas reduções nas emissões de carbono." A pergunta, porém, que não quer calar é: trata-se de uma atitude de engajamento governamental ou de marketing verde? A resposta não se sabe ao certo.

O que se tem certeza é que do ponto de vista publicitário, é, sem dúvida, uma grande iniciativa. A exposição do Governo Britânico como um "caçador implacável" de CO2, surgida da articulada política interna do Reino Unido, legitima, em tese, o dedo rijo que aponta para o quintal de outros países, como, por exemplo, o do Brasil.

Fonte: folha.com
Foto: Leon/AFP

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Descoberta de dados importantes para o cálculo da “respiração” da Terra.

Por Edgard Dagher Samaha

Cientistas internacionais criam modelos para determinar parâmetros essenciais da “respiração” da Terra, até então desconhecidos! Segundo eles, agora é possível obter informações precisas sobre a interação da vegetação da Terra e a atmosfera, peças primordiais para a previsão de cenários futuros do avanço das Mudanças Climáticas.

Para saber mais sobre o assunto, acesse o link:
http://migre.me/WqFC

Foto: Zechariah Judy/Flickr