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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

BNDES lançará Fundo do Índice Carbono Eficiente na BM&F BOVESPA

Destacada por Francisco Silveira Mello Filho

• ICO2 foi o índice amplo com melhor desempenho na Bolsa de setembro a dezembro de 2010; BlackRock será o gestor

O BNDES selecionou o BlackRock Brasil para ser o gestor de um novo fundo de índice formado por ações de empresas que compõem o Índice de Carbono Eficiente (ICO2).

O instrumento, conhecido internacionalmente como Exchange Traded Fund (ETF), deverá ser constituído por ações da carteira da BNDESPAR e terá quotas negociadas na BM&FBOVESPA. Após o devido registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seu lançamento ocorrerá por meio de oferta pública, semelhante às realizadas em operações com ações, destinadas às pessoas físicas e aos investidores institucionais.

O ETF refletirá o desempenho do ICO2. Sua carteira acompanhará a composição do índice, sendo formada pelas mesmas ações presentes no ICO2, com idêntica participação proporcional.

O Índice Carbono Eficiente teve o melhor desempenho na comparação com os índices amplos (não setoriais) da BMF&BOVESPA no último quadrimestre do ano, com rentabilidade de 10,69% de setembro a dezembro de 2010. No mesmo período, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) apresentou uma evolução de 9,25%. Ou seja, os dois indicadores ligados a investimentos chamados “verdes” apresentaram desempenhos superiores aos demais.

Trata-se de um instrumento econômico importante para estimular as maiores empresas brasileiras com ações em Bolsa a levantar e divulgar suas emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE), primeiro passo para a adoção de práticas de gerenciamento das emissões.

Com o novo instrumento, o BNDES criará uma oportunidade para investidores de renda variável sensíveis às questões ambientais, bem como contribuirá para o desenvolvimento do mercado de ETF no Brasil. A primeira iniciativa do Banco nessa direção ocorreu em 2004, quando lançou o primeiro ETF brasileiro, o Fundo PIBB – Papéis de Índice Brasil Bovespa, com excelentes resultados.

A estrutura final da operação ainda será definida pelo BNDES e pelo BlackRock e levará em consideração as condições de mercado vigentes à época da oferta pública das quotas do ETF.

A popularidade e a aceitação dos ETFs no mercado internacional cresceram quando os investidores identificaram a possibilidade de diversificar suas carteiras, aplicando em fundos com liquidez diária e que seguem vários índices representativos de diversas classes de ativos financeiros. No mundo, o valor dos ETFs ultrapassa US$ 1 trilhão. No Brasil, além do PIBB existem outros seis ETFs.

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